sexta-feira, 15 de março de 2013

DIA MUNDIAL DO SONO

Permitam-me, neste Dia Mundial do Sono, partilhar a minha experiência no tocante à Apneia do Sono.
Embora já há mais de vinte anos tenha estado numa fase pré-operatória, após exames efectuados com os Professores Mário Andrea e Teresa Paiva, adiei a operação como acontece, muitas vezes, com o comum dos mortais. Todavia, durante o período longo que se seguiu -pouco mais de vinte anos- os sintomas avolumaram-se com indicadores que tinham a ver com o facto de dormir(?) imensas horas -acordava,  levantava-me e tinha sono durante o dia - a roncopatia (ressonar) era perturbadora e, o pior dos sintomas, a dor no peito e na fronte era constantes.
Sabia,  há muitos anos, desde que fiz uma Polissonografia (Exame para diagnosticar a Apneia do Sono) que tinha esta sintomatologia a qual se caracteriza pela obstrução da passagem do ar às vias superiores e, consequentemente, a falta de oxigenação ao cérebro.
Entretanto, há cerca de quatro meses, uma ocorrência inesperada fez-me novamente despertar para a patologia que sabia ter. No regresso de uma viagem, já noite avançada e ao aproximar-me de Portalegre, fechei os olhos por um ou dois segundos e, ao abri-los, dei com o carro virado para fora da estrada. Como vinha muito devagar, guinei para dentro da estrada e segui o caminho. Foi o "click" de que necessitava para não adiar mais a situação. No dia seguinte, falei com um amigo do meu filho, Tiago Nogueiro  (Técnico de Diagnóstico e Terapêutica da Àrea Cardiopulmonar) que me aconselhou a ir ao meu Médico de Família (Drº Rui Caeiro) e fiz uma nova Polissonografia.  O resultado, manifestamente preocupante, foi  o de ter feito durante uma noite, cinquenta e nove Apneias por hora, conforme me confirmou a Drª Susana, Pneumologista  no Hospital de Portalegre, na consulta que foi marcada com urgência.
Seguindo a sua prescrição médica, passei a dormir com uma máscara que, ligada a um equipamento que fornece o ar com a pressão necessária para desobstruir o acesso às vias superiores, regista as apneias que faço durante o sono. 
                                               
E os resultados foram surpreendentes, de imediato: um dormir tranquilo (não mais de oito horas), sem sono durante o dia, a ver TV ou no PC, a ler e, o mais importante, nunca mais ter sentido a dor no peito ou na cabeça. Faço um dormir tranquilo o qual me deu uma melhor qualidade de vida. E as apneias, 2,2 em média (sendo que até cinco é considerado dentro do parâmetro ideal e normal) é a prova de que valeu a pena ter-me dado o "click" que referi anteriormente.
Espero, com este texto, ter ajudado a despertar os leitores que, eventualmente, tenham sintomas idênticos e, deste modo, ter dado o meu contributo no Dia Mundial do Sono.   

sexta-feira, 8 de março de 2013

O FIM

NÃO VALE A PENA. TUDO COMEÇA E TUDO TEM UM FIM. ACABOU. UM AGRADECIMENTO AOS QUE TIVERAM A GENTILEZA DE ME LER. ATÉ QUALQUER DIA.

segunda-feira, 4 de março de 2013

A CÂMARA DOS HORRORES

No local onde deviam estar os eleitos do povo estão deputados que acumulam a sua função com a de administrador, director, consultor ou até advogado nas empresas privadas com grandes negócios com o Estado, afirmou aos microfones da Rádio Renascença, 
                 PAULO MORAIS

Os negócios controlam hoje totalmente a vida política. A promiscuidade entre agentes políticos e grupos económicos é obscena. O tráfico de influências generalizou-se e o símbolo maior desta degenerescência é mesmo o Parlamento. São várias dezenas os deputados que acumulam a sua função parlamentar com a de administrador, director, consultor ou até advogado nas empresas privadas que desenvolvem grandes negócios com o Estado.
Deputados como Miguel Frasquilho representam o sector financeiro, em particular do grupo Espírito Santo. Pedro Pinto personifica os interesses da EDP, José Manuel Canavarro os do Montepio Geral, Couto dos Santos está com o “lobby” das empresas de construção, Matos Correia representa na Assembleia o escritório de advogados de Rui Pena e respectivos interesses na área da Defesa.
Os exemplos sucedem-se. O sonho de um Parlamento eleito pelo povo e para o povo esfumou-se. A câmara dos deputados devia chamar-se Câmara dos Horrores.