quinta-feira, 25 de abril de 2013

"OS TRAULITEIROS DA TRAULITÂNIA "

O "Trauliteiro-mor"  pronunciou-se sobre a arbitragem do último Benfica-Sporting numa tentativa de começar a branquear a "excelente perfomance" na época que se aproxima do final. Fá-lo, como de costume, tentando "ironizar" como se tivesse "ética" para o fazer.
Admito, desde o final do jogo do último Domingo, que o SCP terá razão de queixa da não marcação de algumas faltas, na marca do penalty. Todavia, ao serem marcadas, não significaria que a vitória, ou até mesmo o empate, seria o resultado final. Aceito as "lamúrias" dos Sportinguistas se forem correctas e não ofensivas. Mas, ao "trauliteiro-mor", é desagradável ouvi-las, muito menos aceitá-las. 
Este "palrador"  afirmou, no início da semana, que o árbitro João Capela não teria futuro na arbitragem. Claro, como não se trata do Proença, do Olegário ou do Xistra, estes sim verdadeiros árbitros internacionais que têm efectuado "excelentes arbitragens" nos últimos jogos em que participou o SLB, toca de "atirar abaixo" um árbitro que, por acaso ou não, é internacional também, como se a influência do "trauliteiro-mor" se mantivesse como na década de oitenta, e noventa, quando os jogadores "trauliteiros" empurravam e agrediam os árbitros sempre  que as decisões destes punham em causa o resultado. Estou a lembrar-me, de entre outros, de um célebre jogo na Amadora.
O campeonato ainda não acabou e não se sabe quem será o primeiro. Mas, de uma coisa estou convicto: se o SLB for jogar à "Traulitânia", com menos de quatro pontos de diferença, até aposto que se irá assistir a uma repetição do que aconteceu há um ano na CATEDRAL DA LUZ, quando o golo da "vitória" foi marcado...com  o árbitro-auxiliar "distraído". 
FORÇA BENFICA HOJE...E SEMPRE:   

segunda-feira, 22 de abril de 2013

A CORRUPÇÃO NA ORIGEM DA CRISE

Vale a pena perder(?) pouco mais de 30 minutos para ouvir a intervenção (palestra) do Professor Doutor Paulo Morais. Verdades inequívocas que os Portugueses (pelo menos a maioria) tende a olvidar. Não haverá por cá mais uns quantos Paulo Morais que se disponibilizassem a resolver os problemas do País? 
http://www.youtube.com/watch?v=UK2ugs02o3g


PENSAMENTO DE MIGUEL TORGA (1993)


PORTUGAL É A SÉTIMA ECONOMIA MAIS LENTA DO MUNDO


Austeridade e recessão na zona euro no vermelho são mistura explosiva para o desempenho económico português nos próximos anos.
A economia nacional foi uma das tartarugas do crescimento mundial nos primeiros dez anos do século XXI e prepara-se para repetir a 'proeza' nesta segunda década. Os números do Fundo Monetário Internacional (FMI) só vão até 2018 mas, mesmo excluindo 2011 e 2012, dois anos de recessão, a economia nacional está entre as mais lentas do planeta.
Contas do Expresso a partir das novas previsões do World Economic Outlook publicadas esta semana, durante a reunião de primavera do FMI e Banco Mundial que decorre em Washington, apontam para um crescimento médio anual de 0,9% entre 2013 e 2018.
Pior desempenho só em seis países: Guiné-Equatorial, São Marino, Suazilândia, Micronésia, Itália e Espanha.



sábado, 20 de abril de 2013

"TELEVISÃO REALIDADE"


“O tolo possui uma grande vantagem: está sempre contente consigo mesmo”
Napoleão Bonaparte (1808 – 1873)

Hoje em dia, quando a maioria das pessoas fala de televisão, o assunto principal é “A Realidade”. A curiosidade dos telespectadores já não é acerca de quem é o pai da personagem principal da novela, já não se fala do tema do “talk show” de ontem ou das piadas mais cómicas. Em vez disso, fala-se de quem foi expulso pelo público ou de quem tem maior popularidade. Estou a referir-me, como é óbvio, à saga actual que são os reality show os quais tomaram conta das audiências, a par do futebol. O reality show corresponde a uma tendência da televisão com condições para perdurar no actual contexto dos média. Corresponde a uma forma de activar as audiências, em forma de assuntos fúteis e ligeiros, fazendo as delícias de quem tem de programar todos os dias. Explora, ainda, a expectativa das pessoas comuns de poderem vir a ser figuras públicas.
Mas o mais curioso é que a “televisão realidade” é manifestamente irreal. Há uma tensão entre a manipulação da produção e os comportamentos e estratégias dos concorrentes, o que não invalida que haja coisas imprevistas no programa. Na verdade, os editores e produtores sentam-se durante horas e horas a visionar cassetes, a tecer fios da rede de intrigas e a procurar situações para explorar. A edição estrutura e apura o drama no sentido de explorar a resposta emocional dos telespectadores face aos acontecimentos.
Habituámo-nos a ter duas formas de contar histórias: a comédia e o drama. Acaba por ser como no futebol. Neste, utiliza-se um campo, escolhem-se os jogadores, explicam-se os objectivos e as regras e depois liga-se a câmara para ver o que acontece. Com o reality show é a mesma coisa: escolhe-se o local e os participantes, dá-se-lhes as regras e depois observa-se o seu comportamento.
Há um outro aspecto que me parece bastante evidente como é o facto destes programas exercerem uma influência na opinião pública, promovendo valores e um certo imaginário. Isto consiste numa característica intrínseca deste poderoso meio de comunicação de massas. O facto de as pessoas se exporem por dinheiro, de aceitarem fazer coisas repugnantes, em troca de prémio, promove um certo ideário que corresponde à prevalência do dinheiro e do consumismo. A curiosidade sobre a vida alheia é uma faceta sempre presente na vida em sociedade. Mas, ao surgir na televisão, atinge outro significado. Não é o mesmo que algumas pessoas se encontrarem à volta do tanque público para lavar roupa suja e coscuvilharem sobre um determinado contexto. Todavia, se isso é feito para todo o País, em directo e horário nobre, a coisa é diferente. Há algo mais profundo do que bisbilhotice. Quando se fala em reality show pensa-se em espectáculo, em entretenimento, em jogo, sendo que alguns centram-se na exploração da vida privada. Mas nem tudo é negativo. Uma componente interessante é a denúncia dos problemas do quotidiano, dos problemas de certos grupos sociais, de certas pessoas que vivem situações difíceis, que não encontram solução, e que o reality show projecta publicamente. Mas, no fundo, o que as pessoas querem ver é quem vai ganhar, quem vai perder e as estratégias dos concorrentes. Para muitos, não se trata senão de um concurso, muitas vezes de mau gosto e pouco lúdico. Mas o povo gosta e a televisão oferece. É a consequência lógica da tirania da consciencialização das massas, da globalização do pensamento único, da necessidade de criar emoções e alimentar o consumismo televisivo, em que os “actores” perdem todo o pudor para exporem os seus sentimentos.

sexta-feira, 19 de abril de 2013

POLIS - PORTALEGRE OPACO, LETÁRGICO, IMERSO E SOLITÁRIO


POLIS - PORTALEGRE OPACO, LETÁRGICO, IMERSO E SOLITÁRIO
(Manuel Morujo - Novembro de 2003)

Há uns anos li, e ouvi, que, dado o interesse manifestado por largas dezenas de investidores em se instalarem em Portalegre, o Parque Industrial necessitava de ser aumentado. Vai daí, com o visionamento, e megalomania, característica do primeiro responsável autarca Portalegrense, compram-se terrenos, criam-se três centenas de lotes de terreno e, o défice camarário... que se "lixe".
Hoje, resolvi ir ver as empresas instaladas na Zona Industrial, onde recolhi as fotos que se seguem:
Na primeira foto, ao fundo, pode ver-se uma panorâmica da linda Cidade de Portalegre;
Na segunda foto vê-se, mais aproximadamente, uma parte das Empresas existentes no Parque Industrial antes do aumento que atrás foi referido e existente desde a década de noventa, do século passado;
Na terceira e na quarta fotos pode-se constatar o "excepcional" investimento que ali foi feito e onde, dos tais trezentos lotes, apenas comprovei à volta de doze com instalações e, nalguns casos, sem actividade.
Foram megalomanias como esta, do "fazedor de sonhos", que levou a nossa Cidade para o défice de cerca de 50ME.

quarta-feira, 17 de abril de 2013

DESABAFO


  1. Parece que há "gente" incomodada com o que publiquei no Facebook e ainda por cima, como é costume, anónima.
  2. Pois cá vai a resposta:
  3. Com a Cidade no estado em que está, com as contas do Município negativas em cerca de 50 M€ etc, etc, etc e embora a "esperança seja a última a morrer", não há cura para tamanha enfermidade. Como se pode comprovar, a massa crítica vai-se de cá embora procurando o futuro noutras paragens. Por cá, vão ficando alguns (enquanto houver empregos no Estado e na Autarquia) e os "Velhos", como eu, que foram e são flagelados por terem alertado, ao longo dos anos, o que se estava a prever. Fomos, e somos, considerados os "Velhos do Restelo" na opinião dos detractores da nossa Bela Cidade. O Povo não gosta (e crítica) as mentalidades instaladas e destruidoras. Mas, chegada a hora do voto, lá vão pôr a "cruzinha" para os manter no activo, como recompensa das "merdas" que fizeram à Cidade.

domingo, 14 de abril de 2013

SEM IMAGINAÇÃO


Tomar atenção ao meio em que estamos inseridos, querendo descobrir o sentido das coisas, é trabalhar a imaginação. Confesso, no entanto, que me sinto disperso e, por isso mesmo, sem imaginação. Aliás, o mesmo se deverá passar com a maioria dos meus concidadãos que dificilmente conseguirão imaginar como se poderá sair desta crise profunda que, desde o último ano do século passado, tem, sucessivamente, perturbado, direi mesmo abalado, a sociedade portuguesa. 
No momento imediatamente anterior ao início desta minha crónica, acabei de ler uma notícia que textualmente transcrevo: “ os Portugueses vão perder poder de compra até 2005 “É óbvio que esta frase não será novidade para a grande maioria dos Portugueses, visto haver uma minoria muito reduzida, que não será afectada. Efectivamente, dias mais difíceis estão para chegar. Se observarmos, com atenção, não há um sector da vida pública que não se sinta inseguro, ou melhor, que se sinta satisfeito com a situação actual. Aqui e ali vão-se sentindo algumas perturbações e agitação social, que culminarão com grandes manifestações lá mais para o fim do mês. Mas o pior de tudo é que não há alternativa credível para alterar este estado de coisas. Estamos metidos num enredo que se iniciou em 1986 com a entrada na Comunidade Europeia (hoje União Europeia). Se bem nos recordarmos durante quinze anos foi gastar à rica, numa primeira fase com a teoria do “oásis”, numa segunda fase com a Expo e, mais recentemente, com os estádios de futebol. O reflexo duma estratégia mal delineada nos últimos quinze anos, em que foi gastar dinheiros que não eram resultado de mais-valias por nós produzidas, levou à situação actual em que não se consegue reduzir o défice orçamental.
E quanto a nós Portalegrenses para aqui esquecidos neste canto lusitano, “onde só vem quem quiser”? Permitam-me apenas recordar que, nos últimos trinta anos, a cidade de Portalegre perdeu mais de dois mil postos de trabalho, só na indústria. E o que se avizinha, não é de forma alguma muito risonho. Face às circunstâncias, o futuro é mais negro do que o breu se continuarmos a não criar infra-estruturas que permitam a fixação dos nossos jovens, evitando que tenham de procurar outros horizontes "para tratarem da vida". Ainda que indelevelmente, a sociedade Portalegrense vive hoje acomodada. Até se compreende, embora tenha inconvenientes. Senão vejamos:
-os casados têm medo de ver os filhos com fome e desamparados;
-os que optam pela vida fácil das carreiras têm medo de não serem promovidos;
-os que alcançaram uma posição estável e segura têm medo de transformações;
-os que têm prestígio têm medo do advento dum mundo que discuta os fundamentos do seu prestígio;
-os que vivem à custa dos valores que defendem, receiam todos os outros valores.
Não há dúvida de que o medo desempenha assim, na vida dos homens, um papel importantíssimo. Por isso, não há debate, não há ideias. São poucos os que, para além do seu círculo de amigos, se pronunciam. Como se o debate e a confrontação das ideias fosse um tabu. E, assim sendo, o meu País, a minha Cidade, os meus concidadãos estão como eu: sem trabalhar a imaginação, sem descobrir o sentido das coisas.
Manuel Alberto Morujo
(Novembro de 2003)