sexta-feira, 8 de julho de 2011

MATA CÁCERES DEIXA OBRA OU...UM "BICO DE OBRA"?

É sabido que Mata Cáceres pediu (ou foi empurrado a pedir?) a cessação das funções que vinha exercendo no Concelho de Portalegre. O PSD, que desde 2000 o apoiou como independente, vinha demonstrando, aqui e ali em surdina, o inconveniente de o manter até às próximas eleições, em 2013, apesar de já não se poder candidatar.
Mas o que estranho é que, publicamente, apareça tanta gente, e com responsabilidades partidárias, a defender que "O Homem deixa obra feita". Mas, será que não deixa, pelo contrário, "UM BICO DE OBRA?" 
Entretanto, uma coisa é fácil de constatar, no que se refere à não concretização do slogan da candidatura em 2000, "VIVER PORTALEGRE - UM PROJECTO PELO FUTURO DO CONCELHO", o qual se transformou, quanto a mim, num "VIVER EM PORTALEGRE, SEM FUTURO".
Dez anos passados, muitas das promessas fantasiosas, não foram cumpridas. E assim, Portalegre passou umas das piores décadas da sua história recente.
Vejamos alguns dos muitos exemplos que podem justificar as palavras anteriormente  escritas:
a) Em termos populacionais, o Concelho perdeu mais de mil habitantes;
b) Em termos financeiros, depois de ter herdado 900 mil contos (4,5 milhões de €) de saldo positivo, em 2001, abandona o executivo deixando mais de 50 milhões de € (10 milhões de contos) de saldo negativo;
c) Em termos de promessas ilusórias e fantasiosas, foram imensas. Chegou a anunciar a vinda de mais 120 empresas para a Zona Industrial, por ele construída, num processo só possível porque "governava" em maioria;
a construção de: 
uma Pousada no actual Convento de S. Bernardo;
um Campo de Golfe;
um Centro Comercial (São Mamede);
um novo Hospital;
novas Instalações do Centro de Instrução da GNR;
uma Game City que, em 2012, contribuiria para Portalegre ter uma população, de mais de 50 mil habitantes;
d) Embora não totalmente da sua responsabilidade, o facto é que, em 10 anos, cessaram a actividade três unidades fabris, que empregavam centenas de pessoas, tendo chegado a afirmar, quando se candidatou em 2005 que "por mim a Fábrica Fino's já devia ter fechado há dez anos atrás".
Embora pouco se tenha falado disso, gostaria de saber se possível, quais as razões pelas quais não vieram para Portalegre o Fluviário, que foi para Mora e o Call-Center, que foi para Castelo Branco? 
E, já agora, o que ganhou o Concelho de Portalegre, com as comitivas oficiais que se deslocaram ao Canadá, a Marrocos e ao Brasil? Pelos vistos, NADA, a não ser contribuir para o défice que actualmente as contas camarárias apresentam.



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