quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

BIG BROTHER À PORTUGUESA

Segundo notícia hoje avançada pelo Correio da Manhã, "os pagamentos com cartão de débito e de crédito vão ser controlados pelas Finanças. O objectivo é reforçar o combate à fraude e à evasão fiscal".
Já há um ano atrás, também veio a público a ideia do Governo fazer constar, no Cartão de Cidadão, a profissão, com a intenção de se poder saber quem é Funcionário Público, Médico, Bombeiro, Engenheiro ou Jornalista e que actos profissionais pratica.
Num País em que existem:
milhares de hectares de terras para cultivo abandonadas;
milhares de quilómetros de auto-estradas desertas; 
milhares de milhas marítimas para pesca ainda sem exploração;
minas de ouro e outros metais para exploração;
dois estaleiros navais fechados;
uma siderurgia e várias unidades fabris desactivadas;
vários estádios de futebol sem inquilinos (público) e
um exército de desempregados, muitos dos quais com um futuro incerto, até para se alimentarem, 
seria possível também identificar quem: 
enriqueceu indevidamente?
corrompeu e foi corrompido?
influencia e é influenciado?
tem cartão de crédito, pago pelo erário público, para utilizar com amigos e amigas? 
vive abaixo do limiar da pobreza ou na solidão? 
Já agora, e de modo a obter mais receitas fiscais, porque não taxar as vezes que se vai à casa de banho e lavar os dentes por dia? 
E, no limiar das circunstâncias, porque não criar um sistema para controlar e taxar as "quecas" que os Portugueses dão?
Creio que nem George Orwell foi tão longe ao escrever o Big Brother.  


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