segunda-feira, 4 de março de 2013

A CÂMARA DOS HORRORES

No local onde deviam estar os eleitos do povo estão deputados que acumulam a sua função com a de administrador, director, consultor ou até advogado nas empresas privadas com grandes negócios com o Estado, afirmou aos microfones da Rádio Renascença, 
                 PAULO MORAIS

Os negócios controlam hoje totalmente a vida política. A promiscuidade entre agentes políticos e grupos económicos é obscena. O tráfico de influências generalizou-se e o símbolo maior desta degenerescência é mesmo o Parlamento. São várias dezenas os deputados que acumulam a sua função parlamentar com a de administrador, director, consultor ou até advogado nas empresas privadas que desenvolvem grandes negócios com o Estado.
Deputados como Miguel Frasquilho representam o sector financeiro, em particular do grupo Espírito Santo. Pedro Pinto personifica os interesses da EDP, José Manuel Canavarro os do Montepio Geral, Couto dos Santos está com o “lobby” das empresas de construção, Matos Correia representa na Assembleia o escritório de advogados de Rui Pena e respectivos interesses na área da Defesa.
Os exemplos sucedem-se. O sonho de um Parlamento eleito pelo povo e para o povo esfumou-se. A câmara dos deputados devia chamar-se Câmara dos Horrores.







                                                      


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