quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

REFLEXÃO EM OUTUBRO DE 2003

O POVO PORTUGUÊS tornou-se, quer na euforia quer na depressão, um POVO DOENTE. É fácil constatar que cada vez há mais portugueses a refugiarem-se no soporífero (televisão e futebol), no excitável (voyarismo e erotismo), no sobrenatural (seitas e astrologia) e na evasão (modas e drogas) recusando-se a pensar, a conhecer e a intervir. Mais: a reflexão intelectual fez-se um desperdício, a competência profissional um supérfluo, a honradez pessoal uma inconveniência, a dignidade cívica uma velharia. Não provocar ondas impõe-se uma divisa. É-se apreciado pelo que se diz, não pelo que se faz. É-se retribuído pelo que se exibe, não pelo que se aprofunda.
(MANUEL MORUJO)


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