domingo, 17 de julho de 2011

HAVERÁ DESENVOLVIMENTO EM PERÍODO DE CRISE?

Não é preciso ser muito le­trado para saber que o desen­volvimento do País tem sido inversamente proporcional, ao aumento do défice público. Nem tão pouco especialista para concluir que o peso do Estado asfixia esse desenvolvimento, nomeadamente, com o aumen­to incontrolável da despesa que é in­versamente proporcional à dimi­nuição das receitas, consequên­cia primeira da fuga ao fisco. Qualquer vulgar cidadão, deste País, sente que não tem havido um desenvolvimento assente num planeamento correcto do que se pretende fazer, assim como a definição duma estraté­gia mobilizadora que agregue a vontade de todos no processo de superação da crise, que terá tido início nos anos oitenta com uma situação similar à que hoje decorre e que levou, na altura, à intervenção do F.M.I. (Fundo Monetário Internacional).
Os ciclos de crise acontecem em Portugal, com uma certa re­gularidade e, mesmo assim, o poder político parece nunca querer aprender com o passa­do. Mais grave é, quanto a mim, o facto dos dois principais par­tidos, o Partido Social - Demo­crata e o Partido Socialista, te­rem tido a primazia de nos te­rem (des)governado, nos últi­mos trinta anos e surgirem sem­pre, quando estão na oposição, a criticar quem está no Go­verno pelos mesmos erros e ati­tudes daquelas que tiveram, quando governavam.
Com atitudes, como estas, certamente que o país dificil­mente recuperará do fosso em que caiu. Pensava eu, ainda há poucas semanas, que a classe política se tinha mentalizado que havia a necessidade de se unir em torno de reformas ne­cessárias à recuperação e de­senvolvimento do País!!! Nada de mais romântico, constato ago­ra. O que nos resta é apertar o cinto, esperar que a crise não pior e que a realidade e o prag­matismo surjam algum dia, de modo a sentirmos orgulho de “viver neste espaço à beira-mar plantado”.
Manuel Alberto Morujo
(Junho de 2005)


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