quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

REVELAÇÃO - POEMA DO RAUL CÓIAS DIAS


Caro Amigo Raul,
Partiste há dias, uma vez mais, sem dizeres ao amigo quando voltavas. Só o futuro me dirá quanto é o tempo que, novamente, estarei sem falar contigo. Saudades, tantas, de te ouvir. Um dia, sabe-se lá quando, irei ao teu encontro e aí, então, te direi que não foste esquecido e que a tua obra prosaico-poética foi divulgada e lida por muitos, até por aqueles que te ignoraram, ou melhor, não te entenderam.
Um abraço do Amigo,
Manuel Morujo 

REVELAÇÃO
Curvo-me sobre mim e comovido,
Registo o pensamento no papel,
E as palavras revelam-me o sentido,
Do meu destino, doces como mel.

Tudo quanto aqui tenho vivido
Sonhos, alegrias, lágrimas de fel,
Não passa de um milagre repetido,
Sem que Quem o fez, se me revele.

Mas descubro estas pequenas maravilhas,
Versos de uma ternura branda e singular,
Como o sabor dos beijos das minhas filhas,
Ou da suave mansidão das ilhas,
Em noites, de muito amor e de luar.
E vejo então que és tu, Senhor, e brilhas!

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