Estávamos em
Março de 2002. No decorrer de uma Conferência na Faculdade de Economia do
Porto, e a propósito da sustentabilidade da Segurança Social, Cavaco Silva referindo-se
à quantidade de funcionários públicos em
Portugal (cujo numero, diga-se de passagem, aumentou significativamente
durante os dez anos em que ele foi Primeiro-Ministro), disse “a páginas tantas:
“Como é que nos vemos livres deles? Reformá-los não
resolve o problema, porque deixam de descontar para a Caixa Geral de
Aposentações e, portanto, diminui também a receita do IRS. Só resta esperar que
acabem por morrer.”
Esta
extraordinária declaração, que revela uma total insensibilidade humana, é
própria dum tecnocrata da política que apenas vê números, números e números. E
pelos vistos, qual Nostradamus, acontece.
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