quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013

A DESERTIFICAÇÃO DO INTERIOR COMEÇOU EM 1986

"É urgente dar incentivos ao crescimento das regiões do interior ou assimétricas" disse, a dado momento do seu discurso no dia 10 de Julho de 2011, o Presidente da República, Cavaco Silva. O mais "Alto Magistrado da Nação" afirmou ainda que "Está na hora de mudar de atitude, de desenvolver uma estratégia clara de revalorização do interior do País, incentivando e apoiando o espírito indomável daqueles que aqui vivem e trabalham, referindo mais adiante que "o menosprezo dos poderes públicos pela realidade do interior, que obrigou gerações inteiras a deixar as suas terras, tornando Portugal um País desequilibrado, um território a duas velocidades, com um interior com grandes potencialidades na agricultura, mas sem capital humano".
Convém recordar que a individualidade que fez estas considerações foi a mesma que, entre 1986 e 1995 enquanto Primeiro-Ministro, contribuiu para que a produção agrícola Portuguesa tivesse tido um decréscimo, anual, de 3,1% em termos reais. O resultado desta medida foi a redução do grau de auto-suficiência alimentar.
Passados quase dois anos, e como aparentemente tudo continua na mesma, a pergunta que deixo é a seguinte: para que serve o Presidente da República que não pode intervir ou influenciar no acto da governação? Não seria melhor ser revista a Constituição e passar a haver um Regime Presidencialista, como nos EUA ou semi-presidencialista como na França? Seria uma maneira de contribuir para a contenção de despesas que os Presidentes, mesmo depois de o deixarem de ser, produzem no défice orçamental.


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